
Numa atividade extracurricular mas importante para o meu trabalho, fui surpreendido com um dia intensivo em histórias de médicos e pacientes envolvidos diretamente com o HIV e com a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (não sei porque não é sida ao invés de aids já que nosso idioma oficial ainda é a Língua Portuguesa). E tudo isso se deu, involuntariamente, tão próximo de uma data emblemática que é o 1 de dezembro - Dia Mundial de Luta Contra a Aids.
Mais do as histórias, o mais (ainda) impactante foram os rostos anônimos - e conhecidos também, para minha surpresa – dos que protagonizam esses enredos. Pessoas normais, pessoas aparentemente sadias, outras nem tanto. Naquele espaço não importa o nível sócio-econômico, a orientação sexual, o sexo e a idade. Importa apenas o acesso ao tratamento oferecido pelo governo.
Eu podia ser tranquilamente um deles, não fosse aquele exame recente “negativo”. Isso no entanto não alivia; me alerta. Estou isento hoje. A cada novo dia tudo volta à estaca zero. A cada novo toque o mesmo cuidado. E quando o cuidado não combina com entrega? E aí alguém me responde que amor é o maior transmissor da aids.
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