segunda-feira, 22 de junho de 2009

E lá vem a fidelidade

Hoje no MSN reencontrei um colega com o qual há tempos não falava e ele me explicou o sumiço: estava namorando. Quase a queima roupa, ele lançou a seguinte pergunta: você acha que é possível dissociar o sexo do relacionamento?

A minha resposta não foi nenhuma novidade e dizia que geralmente nós homens temos de fato uma facilidade de separar sexo do envolvimento emocional e, justamente por causa disso, alguns de nós não tem problemas de levar as duas situações ao mesmo tempo.

E claro, caímos inevitavelmente no assunto fidelidade sexual. Segundo o Houaiss este substantivo feminino é o “atributo do que é fiel, do que demonstra zelo, respeito quase venerável por alguém ou algo; lealdade; característica de um sentimento que não esmorece com o decorrer do tempo, constância de hábitos, de atitudes”.

E diante do conceito acima, fiz a besteira de dizer a ele que fidelidade era utopia. Tudo o que precisava ouvir, era como se estivesse pedindo o meu aval. Não menti, pois acredito que usamos essa dissociação entre coração e pênis como uma conveniência para metermos nossos bicos em outros galinheiros. E vou mais além; acho que a infidelidade está ficando cada menos masculina.

Mas e aí, não é uma grande contradição ainda pregarmos essa coisa de exclusividade entre casais numa sociedade que valoriza e explora excessivamente o sexo? Os estímulos estão em todos os lugares, desde um inofensivo bebê semi nu até o formato fálico dos frascos de desodorantes.

Não quero entrar no mérito se é certo ou errado ser fiel. O que estou fazendo aqui é questionar os meus e os seus pontos de vistas sobre relacionamentos e tentar descobrir se há formas deles serem mais honestos e reais. É fato: basta estar com alguém para correr o risco de trair ou ser traído. Além disso, a questão da fidelidade vai muito mais além da questão carnal.

Mas e aí Milton, você lança o assunto e não chega a nenhum desfecho ou conclusão? Este não é assunto fácil para afirmações, principalmente vindas de um mero observador que sou. Mas acho que um casal que não tem medo de ser honesto sobre o assunto e que cria o próprio conceito para fidelidade tem muito mais chances de lidar com as falsas surpresas que a hipocrisia pode criar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu acho que vc tentou redefinir a fidelidade para justificar a falta...

Unknown disse...

Pessoa do comentário de baixo, só vc não percebeu que vivemos numa época em que td eh relativo.