Hoje eu acordei com uma vontade de devorar o mundo. Eu queria fazê-lo com gosto, com gana pra eu sentir como se estivesse engolindo as histórias que deveria ter escrito e protagonizado; o amor próprio às vezes perdido e outras achado em demasia; o orgulho descarado; o afeto ao outro e pelo outro ignorado; os romances por mim desprezados; os dramas super valorizados; a vida que nos meus sonhos morreu. Eu devoraria o mundo sim… E teria um claro propósito: pôr tudo pra fora.
Sim, e eu vomitaria! Jorraria imundices como se expelisse de mim toda a culpa dos pecados cometidos e a frustração daqueles abortados, a raiva de ser meu próprio algoz e minha própria vítima, a cólera por amor sentir e às vezes ignorar.
No final de tudo me sentiria mais perto da minha essência: o vazio.
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