segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Mostro-lhe o que escrevo e diga-me o que sou

No domingo de madrugada, num momento pós-balada e ainda sob o efeito do álcool, um amigo de alguns anos disse que finalmente estava me compreendendo melhor pois agora lia este blog. E num tom que ainda não reconheci se era brincadeira, ironia ou papo sério disse que eu sofria de depressão e algum outro distúrbio psiquiátrico que não lembro.

Já uma colega de trabalho comentou que reconhecia cada palavra, como se eu as tivesse proferindo num papo qualquer, cara a cara. Em contrapartida, outra achou o conteúdo estranho, pois não conseguia relacioná-lo a mim. Ouvi adjetivos como polêmico, profundo, poético, exagerado, bem escrito, humor negro, amargo, etc.

Acho toda essa leitura de mim e do blog muito diverta! É como interpretar vários personagens sendo eu mesmo. E é aqui que surge a questão cruel: as pessoas me vêm de forma diferente ou sou eu quem adapta meus “eus” de acordo com que elas (não) esperam de mim?

Confundi tudo? Ótimo, minha suposta vaidade não me permitiria ser tão óbvio...

3 comentários:

Anônimo disse...

Você é um camaleão. Mais que isso: um camaleão que se diverte com suas múltiplas cores. Se as cores forem de fato personalidades, aí sim seria um caso de esquizofrenia. É?

Milton Junior disse...

Ao fazer uma auto-avaliação, posso ser um tanto tendencioso. Já que sou eu quem está na berlinda, diga-me você o que acha.

Anônimo disse...

Sim, é.

Sim, também sou.

E sim, somos. Todos.

Somos um e somos muitos. Somos nós e somos outros.

Que aborrecido seria sermos sempre os mesmos. Que tédio todos à nossa volta nos verem exatamente do mesmo jeito.

Pobre daquele que é sempre ele mesmo. Sem matizes, sem nuances, sem saber surfar pelas cores do arco-íris que paira sobre nossas cabeças.

Detesto tudo o que é previsível. Adoro surpresas. Adoro mudanças. Adoro novidades. Adoro o desconhecido.

Continue sendo você.

Ou, melhor dizendo... continue sendo "VOCÊS"!