Dizem por aí que nada melhor do que terminar uma história má sucedida com outro relacionamento para superar as marcas deixadas. Eu acredito que isso é possível e vou além: acredito que o novo casal só será eficaz se ambos estiverem com seus corações partidos.
Nesse ponto de vista, a relação funcionaria como um desses grupos de ajuda mútua. Seria como o Casais Anônimos.
A proposta é estabelecer uma relação de intimidade com alguém que esteja vivendo uma situação semelhante à sua, que entenda a dor pela qual está passando e que ambos troquem experiências para oferecer apoio contínuo e mútuo.
Os pilares que sustentam o casal anônimo são:
Confiança – ela é fundamental para estar a vontade em confidenciar as mazelas causadas pela dor de cotovelo.
Honestidade – para não haver enganos sobre o objetivo inicial do casal anônimo que não é se envolver emocionalmente e sim dar e receber suporte afetivo de alguém que está passando por um momento semelhante ao seu. Dessa ligação pode nascer um relacionamento convencional, mas só é indicado quando ambos atingirem os 12 passos (veja abaixo).
Atração física – estar com o sexo em dia é importante para evitar possíveis recaídas, como contatar aquele(a) que lhe deu o pé na bunda ou que não assume uma relação contigo.
Baseado em outros grupos de “anônimos”, seguem os Doze Passos do Casais Anônimos:
PRIMEIRO PASSO:
Admito que era impotente diante de uma de dor de cotovelo, que tinha perdido o domínio sobre minha vida e que há pessoas que se encontram na mesma situação.
SEGUNDO PASSO:
Acredito que outro alguém que está numa situação semelhante a minha pode devolver-me a sanidade mental e sentimental.
TERCEIRO PASSO:
Decidi entregar confidencial e fielmente minha vontade e minha vida aos cuidados de outro alguém que está numa situação semelhante a minha.
QUARTO PASSO:
Fiz minucioso e destemido inventário sentimental de mim mesmo.
QUINTO PASSO:
Admito, diante de quem quer que seja, a natureza exata de minha dor de cotovelo.
SEXTO PASSO:
Prontifico-me inteiramente a deixar que o outro alguém numa situação semelhante a minha amenize toda a dor de cotovelo que me aplaca.
SÉTIMO PASSO:
Humildemente deixo que o outro alguém numa situação semelhante a minha me livre da dor.
OITAVO PASSO:
Fiz uma relação de todas as pessoas que já magoei sentimentalmente e me dispus a reparar os danos a elas causados.
NONO PASSO:
Fiz reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando fazê-las significasse prejudicá-las mais ainda ou a outrem.
DÉCIMO PASSO:
Continuo com o inventário sentimental e, quando estou prestes a ter uma recaída por aquele(a) que me largou, admito-o prontamente.
DÉCIMO PRIMEIRO PASSO:
Procuro através do diálogo aberto, melhorar o contato com o outro alguém numa situação semelhante a minha, e assim tolerar a minha dor de cotovelo e amenizar a daquele(a) que se propôs a ficar comigo.
DÉCIMO SEGUNDO PASSO:
Ao experimentar um despertar sentimental, graças a estes passos e ao outro alguém numa situação semelhante a minha, tento ajudar outras pessoas que sofrem da dor de cotovelo ao formar mais casais anônimos.
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