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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Um Post Sob Encomenda

Atendendo pedidos:

Estou aprendendo como lidar com suas contradições. E aqui uso a frase que sugeriu no último sábado: reclama pois quase não menciono você neste blog ao mesmo tempo que faz do segredo uma palavra de ordem.

Você propõe cláusulas restritivas mas quer que eu vá além, que rompa barreiras. Se protege mas deslumbra a falta de cobertura. Diz nãos insinuando sins. Alguns sins de nãos subentendidos. Avança quando eu recuo e vice-versa. Tudo claramente obscuro. Sua antítese contra a minha.

Dois mundos a parte e distintos que agora se fundem e me confundem. E sabe da melhor? Tudo isso me diverte!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A vilania em voga

Li parte deste artigo do Arnaldo Jabor entitulado "A propósito de Flora, que amamos odiar" há cerca de uma semana e, pelo excesso de trabalho naquele instante, não consegui finalizá-lo. Ele ficou perdido nas tarefas cotidianas. Já no final da semana, quase o esqueci por completo, quando vi na tevê a breve menção feita pela jornalista Mônica Valdvogel. E hoje, finalmente, o li por completo pois queria compartilhá-lo com um amigo que comentou o quanto gostava da vilã folhetinesca vivida pela atriz Patrícia Pillar.

Em partes este texto do Jabor justifica e corrobora despropositalmente o tom às vezes melancólico, cético e cínico deste blog. E confesso que isso é um alívio para mim.

Seguem abaixo o principais trechos:

A extrema maldade de Flora da novela "A Favorita" nos faz indignados e fascinados. Patrícia Pillar está dando um show, como também Glória Pires fez no passado com Maria de Fátima em "Vale Tudo", que iniciou a leitura da psicopatia brasileira. Antigamente, nos romances e filmes, nos identificávamos com as vítimas; hoje, nos fascinamos com os vilões. Por quê? Bem, porque os psicopatas são o nosso futuro, a vida moderna nos levará a isso.

Diante dos cadáveres, da miséria, do cinismo, somos levados a endurecer o coração, endurecer os olhos, a ser cínico em busca de um funcionamento "comercial". Do contrário, seremos descartados, tirados "de linha" como um carro velho.

O psicopata light, que não faz picadinho de ninguém, tem as mesmas molas que movem o esquartejador. Tem encanto e inteligência; sem afetividade ou culpa para atrapalhar, tem uma espantosa capacidade de manipulação dos outros, pela mentira, sedução e, se precisar, pela chantagem. Questionado ou flagrado, o psicopata sempre se acha inocente ou "vítima" do mundo, do qual tem de se vingar. Suas ações mais absurdas e cruéis são justificadas como lógicas, naturais, já que o "outro" não existe. Não sente nem remorso nem vergonha do que faz. Ele mente compulsivamente. Não olha para dentro de si simplesmente porque acha que não tem nada a aprender.

O psicopata não deprime. Ele atua e pode fazer muito sucesso num mundo onde a alegria falsa e maníaca é obrigatória. Estes tempos de alegria obrigatória são "sopa no mel" para os psicopatas, os chamados psicóticos "sãos" como os nomeiam alguns psicanalistas hoje.

Hoje em dia é proibido sofrer. Temos de "funcionar", temos de rir, de gozar, de ser belos, magros, chiques, tesudos, em suma, temos de ser uma mímica dos produtos de "qualidade total".

No entanto, a depressão importa. A melancolia é fundamental para a criação e para a felicidade. Estamos erradicando uma força cultural brutal, a musa por trás de muita arte, poesia e música. Estamos aniquilando a melancolia.

Sem um desencanto com o sentido da vida, sem um ceticismo crítico, sem a morte no pensamento, ninguém chega a uma reflexão decente. Só com a ajuda da angustia constante este mundo à beira da morte pode ser transformado, reavivado, levado ao novo.

No Brasil, com a crise das utopias e com a propaganda estimulando a ridícula liberdade para irrelevâncias, temos o indivíduo absolutamente sozinho. Isso leva a um narcisismo desabrido, base da psicopatia. Queremos ser ricos ou famosos.

E esse comportamento está deixando de ser uma exceção. O psicopata é um prenúncio do futuro. A velha luta pela ética, pela paz, pela solidariedade está virando uma batalha vã. Os chamados comportamentos "humanos" estão se esvaindo na distância. O "humano" está virando apenas um lugar-comum para uma "bondadezinha" submissa, politicamente correta.

Antes, os psicopatas tocavam num mistério que não queríamos conhecer. Tínhamos medo deles. Hoje, temos de competir com os psicopatas, que em geral nos vencem, com sua eficiência, rapidez e falta de escrúpulos. Estamos vendo que essa antiga doença vai acabar virando uma "virtude" no futuro.


Para ler o texto na íntegra, acesse "O Tempo”.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Mostro-lhe o que escrevo e diga-me o que sou

No domingo de madrugada, num momento pós-balada e ainda sob o efeito do álcool, um amigo de alguns anos disse que finalmente estava me compreendendo melhor pois agora lia este blog. E num tom que ainda não reconheci se era brincadeira, ironia ou papo sério disse que eu sofria de depressão e algum outro distúrbio psiquiátrico que não lembro.

Já uma colega de trabalho comentou que reconhecia cada palavra, como se eu as tivesse proferindo num papo qualquer, cara a cara. Em contrapartida, outra achou o conteúdo estranho, pois não conseguia relacioná-lo a mim. Ouvi adjetivos como polêmico, profundo, poético, exagerado, bem escrito, humor negro, amargo, etc.

Acho toda essa leitura de mim e do blog muito diverta! É como interpretar vários personagens sendo eu mesmo. E é aqui que surge a questão cruel: as pessoas me vêm de forma diferente ou sou eu quem adapta meus “eus” de acordo com que elas (não) esperam de mim?

Confundi tudo? Ótimo, minha suposta vaidade não me permitiria ser tão óbvio...

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Vício Novo e um Outro Antigo

Acho que viciei nessa história de blog! Acabei de chegar em casa e fico pensando em pautas/assuntos que devo abordar aqui. E tudo isso nos lugares e situações mais inusitados.

Geralmente a primeira idéia que surge é:

- Isso não vai funcionar por muito tempo.

Penso assim pois sou muito auto-crítico com aquilo que me expõe de alguma forma e com tudo que escrevo.

Durante algum tempo eu usei um arquivo Word protegido por senha para registrar os fatos de maior relevância pra mim. Era a minha memória, meu registro de impressões virtual. Foram alguns anos de insistência em mantê-lo atualizado pelos menos uma vez por semana, mas não deu certo.

Alguns fatores explicam isso. Apesar do meu processo de escrita nunca ser dos mais fáceis – eu peno muitas vezes ao tentar organizar meus pensamentos caóticos e desfocados -, duro mesmo era ler algum tempo depois os textos que redigi.

E isso ainda me persegue. Vejo os meus posts anteriores e sinto aquela compulsão imediata por editá-los, corrigi-los, reestruturá-los.

Mas, segundo a etiqueta que por aqui reina, qualquer tipo de edição pós publicação deve ser exposta para garantir a minha credibilidade.

OK, estou me segurando… até agora.

sábado, 2 de agosto de 2008

Este blog e minha nudez


Há poucos divulguei este blog no meu MSN e Orkut. O argumento era a necessidade de aumentar o tráfego e talvez vender espaço publicitário ao Google. Mentira, eu queria aparecer. Narcisismo puro!

Mas esqueci dos efeitos colaterais: conhecidos tendo acesso a mim, aos meus pontos de vista, à minha vida. E, de cara, uma pessoa disse que estava lendo os meus textos naquele exato instante.

Tive a sensação de estar me desnudando pela primeira vez a alguém do meu interesse. A pulsação acelerou de ansiedade e insegurança e os pêlos arrepiaram como se sentisse a aproximação do outro corpo contra o meu. Exagero? Talvez, mas eu senti...

Tenho uma lição a aprender: ter um blog pessoal é como me despir diante de uma vitrine; minhas qualidades e imperfeições estão ao alcance dos olhos de todos.

Agora é esperar as flores e pedradas.

domingo, 20 de julho de 2008

Por que ter um blog?

Pois é, a essa questão eu tenho mais hipóteses do que propriamente respostas.

Ultimamente, o termo que mais tenho ouvido é web 2.0. Ou seja, o internauta não está mais feliz apenas em ler conteúdos estáticos e “ouvir” verdades ditas por outros. Hoje ele quer interagir (mais?), interferir, quer uma identidade virtual.

Sem saber, meus perfis no Orkut, My Space e Facebook já sinalizavam que a me inserção nesta nova onda da internet.

E aí veio a pergunta: por que não ter um blog?

A resposta (acompanhada de um forte senso autocrítico) foi quase imediata: porque você não tem muito a dizer. Ah tá...

Bom, se isso é verdade ou não, veremos ao longo deste blog.