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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Quis

Quis uma tarde de perdição e me deparei com um encontro.
Quis um prazer rápido, um arrepio momentâneo e ganhei um galanteio barato.
Quis me despir de pudores para expandir meus sentidos.
Quis gemidos e murmúrios discretos e ouvi mentiras lisonjeiras.
Quis minutos breves de despretenção e recebi horas extras de despretenção.
Quis quebrar um ciclo e só confirmei um padrão.
Quis o silêncio lânguido e dialoguei ingenuidades com os olhos.
Quis não te desejar por um instante... e consegui.



sexta-feira, 28 de novembro de 2008

01/12 Antecipado

Cheguei hoje do trabalho consumido pelo cansaço. Não por ter acordado as cinco e pouco da manhã. Não por causa dos eternos minutos de espera contrapondo os breves instantes de exposição de idéias e conceitos. Muito menos por ter levado uma hora e meia no trânsito para chegar em casa, quando o habitual é só caminhar algumas quadras. Hoje fui vencido pela aids.

Numa atividade extracurricular mas importante para o meu trabalho, fui surpreendido com um dia intensivo em histórias de médicos e pacientes envolvidos diretamente com o HIV e com a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (não sei porque não é sida ao invés de aids já que nosso idioma oficial ainda é a Língua Portuguesa). E tudo isso se deu, involuntariamente, tão próximo de uma data emblemática que é o 1 de dezembro - Dia Mundial de Luta Contra a Aids.

Mais do as histórias, o mais (ainda) impactante foram os rostos anônimos - e conhecidos também, para minha surpresa – dos que protagonizam esses enredos. Pessoas normais, pessoas aparentemente sadias, outras nem tanto. Naquele espaço não importa o nível sócio-econômico, a orientação sexual, o sexo e a idade. Importa apenas o acesso ao tratamento oferecido pelo governo.

Eu podia ser tranquilamente um deles, não fosse aquele exame recente “negativo”. Isso no entanto não alivia; me alerta. Estou isento hoje. A cada novo dia tudo volta à estaca zero. A cada novo toque o mesmo cuidado. E quando o cuidado não combina com entrega? E aí alguém me responde que amor é o maior transmissor da aids.

sábado, 25 de outubro de 2008

Sonhos (?) de uma noite de primavera

Final de sexta-feira... O sábado começa, a semana termina. É fim de semana.

1h00 e pouco da manhã - A leveza do corpo e o peso nos olhos anunciam a chegada do sono tão ausente nos últimos dias. Me entrego sem qualquer resistência.

4h34 – Uma batida constante e crescente me acorda. Identifico aquele ruído em segundos, ele já é familiar. O(a) vizinho(a) de cima está numa noite tórrida de sexo. O ápice não demora muito. Viva, todos satisfeitos! Isso me inclui. Alguém levanta, alguém toma banho. E eu? Eu nem penso mais, o sono é mais forte.

5h09 – Os olhos abrem em resposta aos ouvidos. O barulho de novo. A batida agora está acompanhada de gemidos, quase uivos. Além de reforçar a minha falta de contato íntimo, aquilo estava levando de assalto a única que coisa que eu podia fazer na cama: dormir. Sou tomado pela fúria. Visto algo, subo as escadas. Já na porta do apartamento 133 aquele som tem mais força, ele quase vira imagem. A ficha cai: não estou furioso, isso é inveja. Rio de mim, rio da situação em frente ao 133. Volte para a cama e se resigne ao papel do espectador (ou ouvinte?), disse uma voz mais conformada.

6h04 – Assim não dá, três já é demais! É muita covardia para quem nada tem. Ligo a TV e penso: acho que preciso comprar um fogão...

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Muito Sexo, Pouco Sexo e uma Dúvida

Ontem meu amigo Cliverson lançou uma teoria aparentemente óbvia mas pouco dita sobre o celibato: não é saudável ficarmos muito tempo sem sexo, se guardando a espera do momento certo. Segundo ele, esse tipo de abstinência nos deixa muito a flor da pele e aumenta o risco de confundirmos “boa cama” com paixão.

O que de início pareceu engraçado, depois de alguns minutos soou plausível. Basta fazer um paralelo com quem está acostumado a beber e pára por algum tempo. O desmame prolongado faz com que o álcool, mesmo em pequenas doses, tenha o mesmo efeito de um barril inteiro de vinho.

Em outras palavras, ele quis dizer que, mesmo solteiros ou em busca de relacionamentos, às vezes pode ser saudável fazermos sexo casual em que haja o conhecimento e o consentimento das partes. Assim liberaríamos - no sentido figurado e literal - parte da carga de energia e da expectativa nas relações afetivas, tornando-as mais leves e fluidas.

Será mesmo?

sábado, 2 de agosto de 2008

Sexo natural ou dirigido?


Há algumas semanas eu estava “zapeando” a TV e ouvi uma frase que impregnou minha mente:

- Você não acha que o sexo é muito valorizado em nossa sociedade?

Mesmo sem lembrar de qual contexto surgiu esta questão, a ausência de resposta latejou por vários dias em minha cabeça.

Sim, eu gosto de sexo, e como! Certamente eu não sou o único, vide os números anuais que este mercado movimenta (de colchões a medicamentos para dificuldade de ereção).

Pensando assim, não é difícil chegar à conclusão de que sim, o sexo vem sendo bem cotado mais e mais. E o motivo é simples: dinheiro.

Não estou me referindo diretamente ao mercado pornográfico e sim às mensagens sexuais subliminares que estão inseridas na publicidade. Segundo dizem, elas remetem a uma de nossas necessidades básicas e estimulam a venda de produtos e conceitos.

Você nunca se perguntou por que as embalagens de desodorante em sua maioria têm um apelo fálico?
Mas e aí, até que ponto todo este meu “gostar de sexo” é de fato um traço da minha personalidade? É possível que parte dele seja uma resposta a este estímulo externo que quer que eu compre coisas e idéias?

Não vamos ser ingênuos, somos manipulados todo o tempo... Mas às vezes é assustador...