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terça-feira, 28 de abril de 2009

De Vinícius para mim: um soneto pra uma noite de outono


Terça-feira ordinária e exaustiva... No Orkut, um presente pra mim:


SONETO DA FIDELIDADE

De tudo, meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor ( que tive ):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinícius de Morais

domingo, 24 de agosto de 2008

Amizade versus Segredos

Quando você descobre que um(a) amigo(a) pode estar sendo traído(a) o que deve fazer? É melhor contar os fatos e correr o risco de ser o pivô de uma separação ou se omitir e torcer que a verdade venha a tona com o tempo?

Acompanhei recentemente uma situação como esta que envolvia dois amigos; um era a possível vítima e o outro foi testemunha do ato suspeito. Confesso que não soube o que deveria ser feito.

A cena que meu amigo-testemunha presenciou não era necessariamente clara e poderia ter várias leituras. Então ele fez uma abordagem indireta ao amigo-possível-vítima para testar sua reação e assim obter mais informações. Infelizmente, as respostas levavam a uma conclusão nada feliz. A história e o fardo de conhecê-la foram compartilhados comigo.

Mesmo assim, o segredo se manteve. Até que hoje, depois de algumas semanas do fim do relacionamento, resolvemos contar ao amigo-possível-vítima os fatos. A reação dele não poderia ser outra: a esperada frase “por que não me contaram antes?”.

Naquele instante me senti omisso e pouco amigo. Por outro lado, o meu não-ato foi motivado pelo carinho, pela preservação e pela tentativa de não gerar o sofrimento do outro a partir de uma interpretação precipitada.

Por sorte, o amigo-possível-vítima foi sensato o suficiente para entender nossas razões. Mesmo assim, o dilema ainda é algo permanente em mim.